Fórum da Água tem sessão especial sobre Água e Espiritualidade
<p>Um ritual de consagração da água marcou a abertura da sessão especial Água e Espiritualidade, no 8° Fórum Mundial da Água, que se encerra nesta sexta-feira(23), em Brasília. Em um auditório lotado, onze líderes espirituais discutiram a relação da humanidade com a água por meio dos conhecimentos ancestrais, tradicionais e sagrados.</p>
<p>O espaço rompeu os debates formais sobre recursos hídricos no mundo e permitiu a discussão de aspectos subjetivos da relação da humanidade com a água, por meio de ensinamentos de religiões como budismo, cristianismo, espiritismo, islamismo, tradições indígenas e de matrizes africanas. Cada religião manifestou sua relação entre água e espiritualidade.<br /><br />O líder do templo Shin budista Terra Pura, monge Sato, afirmou que o contato com a água implica sempre em regeneração – tanto espiritual quanto física – e que ela não pode ser tratada como mercadoria. Segundo ele, a água é a fonte de todas as possibilidades de existência e "não podemos ver a água como um bem de consumo”.<br /><br />Para o presidente do Conselho Superior para Assuntos Islâmicos do Brasil, Sheik Abdel Halim, a água é um instrumento de purificação enviado por Deus. Segundo ele, é necessário que a humanidade volte para o caminho ensinado por Deus como a ética, moralidade, boa conduta, justiça e o bom caráter: “Deus dá água material porque se não tem água não há vida”.<br /><br />O cristianismo foi representado no evento por dois líderes religiosos: Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele citou o Papa Francisco, que defende o cuidado e o cultivo na Encíclica sobre Ecologia. Para Steiner, a sociedade deve mudar a relação que tem estabelecido com a água e inverter a lógica de consumo para cuidado.<br /><br />Para o representante da Federação Espírita de Brasília (FEB), Arismar León, a sociedade vive um momento importante na vida da humanidade “em que vamos decidir pra que lado iremos”. Segundo ele, as pessoas têm valorizado excessivamente os bens materiais e negligenciado aspectos sagrados e espirituais.</p>
<p> </p>
<p> </p>