Ato protesta contra desembargadora no Dia da Síndrome de Down
<p>Hoje, 21 de março, é o Dia Internacional da Síndrome de Down. Data para lembrar da importância da inclusão e do combate ao preconceito e à desinformação. Aqui no Brasil, cerca de 350 mil pessoas tem Down. De acordo com a pesquisa do Departamento de Génetica da Universidade de São Paulo (USP), 8 mil brasileiros nascem com essa alteração genética todos os anos.<br /><br />Pela manhã, o "Movimento Down", composto por familiares de portadores da síndrome, realizaram um protesto pacífico, na 20ª Câmara Civil no Tribunal de Justiça do Rio, contra a desembargadora Marilia Castro Neves, que ofendeu a professora Débora Seabra, portadora da síndrome. O ato aconteceu durante um julgamento do qual ela participava no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), no Centro. <br /><br />Em um grupo fechado de uma rede social, a desembargadora comentou sobre a notícia de que o Brasil é o primeiro país a ter uma professora com a síndrome: “Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem? Esperem um momento que eu fui ali me matar e já volto, tá?”. <br /><br />O grupo de mães entrou na sala do julgamento vestindo camisetas e levantaram um grande cartaz com os dizeres "quem julga com preconceito não sabe fazer direito!". A sessão foi interrompida e os cartazes retirados por seguranças, entretanto, os manifestantes continuaram no local.</p>
<p class="content-text__container " data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">A Federação das Associações de Síndrome de Down e o Psol entraram com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo providências contra a manifestação de preconceito da desembargadora. O corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, deu um prazo para que a desembargadora se manifeste sobre o caso.<br /><br />Alvo do preconceito, a professora Débora Araújo Seabra de Moura, de 36 anos, trabalha há 13 como professora auxiliar em uma escola de Natal. Ela é autora de livro infantil chamado "Débora Conta Histórias" e, por ser considerada exemplo no desenvolvimento de ações educativas no país, ganhou o prêmio Darcy Ribeiro de Educação, em 2015.<br /><br /></p>
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